
O Minist�rio da Sa�de confirmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso de coronav�rus no pa�s. Realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, a contraprova atestou a infec��o do paciente - um homem de 61 anos, residente na capital paulista.
Ele esteve na It�lia, na regi�o da Lombardia, sozinho, a trabalho, entre 9 e 21 de fevereiro. O per�odo coincide com a explos�o de casos no pa�s europeu, onde h� mais de 220 pessoas infectadas. Por enquanto, o viajante apresenta sintomas leves, como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Al�m dele, h� outros 20 casos em investiga��o. Cinquenta e nove suspeitas j� foram descartadas.
Em coletiva de imprensa realizada na manh� desta quarta, o Ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o protocolo adotado pelo minist�rio at� o momento n�o ser� alterado, uma vez que o governo j� havia elevado a classifica��o de risco do Brasil do n�vel 2 (perigo iminente) para o n�vel 3 (emerg�ncia de sa�de p�blica) desde o dia 4 de fevereiro.
A decis�o foi tomada ap�s a repatria��o de 58 brasileiros da China. Os cidad�os cumpriram quarentena at� o �timo domingo (23) na Base A�rea de An�polis (GO). Nenhum dos integrantes do grupo foi diagnosticado com o novo coronav�rus durante o per�odo na instala��o militar.
"N�o tem como fechar fronteiras. � uma gripe. Como todo v�rus, a medida de melhor controle � por etapas, � termos agilidade (no diagn�stico)", afirmou Mandetta. "O sistema brasileiro fez tudo com muita agilidade", completou.
Sem quarentena
O ministro refor�ou ainda que h� pacientes assintom�ticos que transmitem a doen�a, e n�o h� efic�cia na testagem de temperaturas. “Agora � que vamos ver como este v�rus vai se comportar em um pa�s tropical, durante o ver�o. Vamos acompanhar como vai ser o padr�o de comportamento deste v�rus, que � novo e pode manter o mesmo padr�o de transmiss�o que apresentou no hemisf�rio Norte" explicou.A Anvisa j� teria identificado os passageiros transportados no mesmo voo em que o paciente infectado estava. Mandetta disse que essas pessoas n�o ser�o submetidas � quarentena. "N�o existe quarentena porque n�o existe efic�cia nesse tipo de situa��o", afirmou. A ideia, esclareceu o ministro, � monitorar os passageiros a partir da poltrona onde o paciente viajava duas fileiras � frente e atr�s, al�m dos lados direito e esquerdo.
A expectativa do minist�rio � de que o volume de casos suspeitos deve crescer no Brasil, uma vez que houve aumento do n�mero de pa�ses com mortes registradas.
"Estamos na fase de conten��o, que � evitar que o v�rus se espalhe. Caso se espalhe, vamos para a fase de mitiga��o", afirmou o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de, Wanderson Kleber de Oliveira.
Na noite de ter�a, o paciente infectado havia testado positivo para o v�rus no Hospital Israelita Albert Einstein, situado na em S�o Paulo. As amostras de sangue foram, ent�o, enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para contrapova. O resultado, que confirmou a infec��o pelo Covid-9, saiu em tr�s horas. A m�dia de conclus�o do exame � de tr�s dias. Com a confirma��o, o Brasil tornou-se o primeiro pa�s da Am�rica Latina a registrar a doen�a, que j� fez 2708 v�timas fatais no mundo todo.
Outros tr�s casos suspeitos s�o investigados em S�o Paulo - dois na capital e um em Bauru. De acordo com a secretaria de sa�de paulista, s�o todos adultos, viajantes que estiveram de algum dos pa�ses que entraram na lista de vigil�ncia do Minist�rio.
Mundo em alerta
Os alertas globais sobre a doen�a se intensificaram nas �ltimas semanas. Nesse domingo (23), os ministros das finan�as do G20 e presidentes de bancos centrais afirmaram, em comunicado, que o novo coronav�rus representa risco para a economia global e concordaram em adotar pol�ticas sobre o caso.
A It�lia decretou toque de recolher em 11 cidades com pessoas infectadas, medida que atinge cerca de 60 mil pessoas. As autoridades tamb�m cancelaram o famoso carnaval de Veneza, numa tentativa de conter a propaga��o do v�rus.
O surto teve in�cio em dezembro na cidade de Wuhan, regi�o central da China. J� s�o mais de 80 mil casos registrados pelo mundo.
Previna-se
Chamada de Covid-19, a doen�a provocada pelo novo coronav�rus apresenta gravidade de moderada a leve, segundo o Minist�rio da Sa�de. Cada contaminado pode infectar de duas a tr�s pessoas. Em alguns casos, at� sete. De acordo com a Organiza��o de Sa�de (OMS), o per�odo de incuba��o varia de 0 a 14 dias. As principais orienta��es de preven��o s�o:
- Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Utilizar len�o descart�vel para higiene nasal;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- N�o compartilhar objetos de uso pessoal;
- Limpar regularmente o ambiente e mant�-lo ventilado;
- Lavar as m�os por pelo menos 20 segundos com �gua e sab�o ou usar antiss�ptico de m�os � base de �lcool;
- Evitar deslocamentos enquanto houver sintomas
- Evitar contato pessoas ou animais doentes, vivos ou mortos
Nota do Hospital Albert Einstein
"O Hospital Israelita Albert Einstein informa que recebeu na noite do dia 24 de fevereiro, na Unidade Morumbi, em S�o Paulo, um paciente com sintomas semelhantes aos do Covid-19, sendo confirmada a infec��o viral pelo novo coronav�rus ap�s a realiza��o do teste PCR em tempo real. Na manh� do dia 25 de fevereiro o caso foi notificado � Vigil�ncia Epidemiol�gica do Estado de S�o Paulo.
A equipe assistencial do Pronto Atendimento seguiu com rigor todos os protocolos estabelecidos pelo Minist�rio da Sa�de, Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e Centers for Disease Control and Prevention (CDC-EUA), para oferecer o atendimento apropriado e garantir a seguran�a do paciente e de todos os profissionais envolvidos.
O paciente encontra-se em bom estado cl�nico e sem necessidade de interna��o, permanecendo em isolamento respirat�rio que ser� mantido durante os pr�ximos 14 dias. A equipe m�dica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato pr�ximo com ele.
Desde o in�cio da epidemia mundial, o Hospital Israelita Albert Einstein mant�m uma agenda ativa de monitoramento do avan�o de novos casos e evolu��o do cen�rio mundial. O Hospital, que conta com os mais avan�ados recursos diagn�sticos e assistenciais para os atendimentos que se fizerem necess�rios, inclusive os mais graves, vem atuando no treinamento intensivo de seus colaboradores com o objetivo de assegurar a oferta de atendimento adequado, bem como a seguran�a de pacientes, familiares e funcion�rios.
O Hospital Israelita Albert Einstein refor�a que os padr�es de conduta em todas as situa��es t�m como foco preservar a seguran�a de todos os pacientes da institui��o e manter a excel�ncia nos atendimentos de qualquer natureza"